Por mdeusgoncalves | Ter, 2020-06-09 18:56

Janela para o mar...

Todos os dias vejo a mesma coisa,
A cidade, a areia e o mar.
E todos os dias imagino
Quando vou poder sair
E essa alegria sentir...
De ser livre e me poder divertir.

Olho para o horizonte,
À espera de algo por vir,
Não sei bem o que sentir.

A vida é para todos sentirem,
A morte é para todos atravessarem,
Deixo a vida ser bela, colorida como música
e a morte uma carta não escrita.

Eu cresci e floresci
Olhando para o mar,
Vendo as ondas bater na costa
Muito lentamente,
Penso que “as ondas levar-me-ão finalmente,
Um dia, livre estarei desta prisão.”

Uma janela se abre
E as nuvens o sol destapam,
Por baixo do cinza
Um mar calmo se descobre.

À janela, observo o mar e penso no futuro.

Vejo um horizonte sem fim,
E um mar limpo que bem poderia ser sempre assim.

À janela, vejo o mar,
Sinto o cheiro a maresia,
Penso no que estará para lá do horizonte,
E sei que chegarei lá.

À janela, o mar eu vejo,
Sigo o sol do Oriente e nele sei o futuro.
Sinto que tenho de partir,
Não o posso deixar fugir.

O meu Amor está a chegar de uma longa viagem pelo mar,
Tenho saudade de o poder abraçar.
O Amor é, para mim, o além-mar.

Vejo para lá do infinito
uma história maravilhosa,
Tudo é bonito...

Façamos da vida uma eterna poesia e transformemos os nossos sonhos no mais lindo poema.

Vou para lá do horizonte, enfim, superados todos os limites, para encontrar-me a mim, depois da ponte...a beber a água da Fonte.